O marido da procuradora do município de Nova Serrana foi preso, nesta quarta-feira (18), suspeito de participação em uma organização criminosa acusada de cometer fraudes financeiras em instituições e empresas nas cidades de Esmeraldas e Carmo do Cajuru. A procuradora foi encaminhada à delegacia, juntamente com o marido, como testemunha.
Segundo a Polícia Civil, a operação realizada é decorrente de investigação sobre um esquema de fraudes financeiras que, segundo apurado, movimentou mais de R$ 20 milhões.
Dois homens, de 34 e 38 anos, foram presos. Os investigados são suspeitos de envolvimento em crimes de estelionato, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, falsificação de documentos e associação criminosa.
Durante a operação, a Polícia Civil também apreendeu computadores, documentos, aparelhos celulares, R$ 138 mil em dinheiro, uma BMW e uma Amarok. O material será analisado para prosseguimento do trabalho investigativo.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações, iniciadas em agosto deste ano, revelaram que os suspeitos criavam empresas de fachada, utilizando “laranja” (pessoa interposta), para praticar fraudes financeiras e obter financiamentos em instituições bancárias.
Os recursos obtidos eram usados na aquisição de máquinas pesadas, como tratores, empilhadeiras, dentre outras. O esquema foi descoberto após uma negociação fraudulenta que causou um prejuízo superior a R$7 milhões.
De acordo com a delegada Adriene Lopes, responsável pelas investigações, eles montavam empresas fictícias em diversos setores, criadas exclusivamente para serem utilizadas nos golpes. Usavam documentos falsificados para obter financiamentos e, com esses recursos, adquiriam mercadorias, que depois revendiam. Por meio dessa prática, movimentaram cerca de R$ 22 milhões.
Ainda segundo a delegada, os levantamentos apontam que a rede criminosa operava com cerca de 23 empresas e mais de 50 CNPJs fraudulentos.
Adriene Lopes acrescentou que a investigação não se limita aos suspeitos presos, abrangendo também outros envolvidos nas transações fraudulentas.
Os dois homens presos na operação permaneceram em silêncio, e as investigações continuam.
Fotos: Polícia Civil I Divulgação