Izabela Assis

O cinema que reflete o Brasil

  • janeiro 25, 2025
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O cinema que reflete o Brasil

Ah, o cinema brasileiro! Recentemente, Fernanda Torres brilhou ao conquistar o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama por sua atuação em Ainda Estou Aqui, provando que nosso talento ultrapassa fronteiras.

E, claro, não dá para deixar de lado O Auto da Compadecida 2. A sequência chega com sua dose certeira de crítica social e humor, refletindo as desventuras humanas e mantendo viva a essência do Brasil.

Outro queridinho do momento é Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa, que tem encantado os mineiros. O filme é uma verdadeira carta de amor à roça, às lembranças de infância e à beleza do cotidiano. Quem consegue resistir a essa viagem no tempo?

Mas o cinema brasileiro vai além de quadrinhos, roça e humor ácido. Ele é uma mistura constante de transformação e reinvenção, misturando gêneros de um jeito que só o Brasil sabe fazer. Somos o país do caos criativo e do improviso, desafiando qualquer tentativa de encaixar nossa cultura em “caixinhas”.

O cinema, a música e as manifestações artísticas giram em torno dessa eterna transformação. E, como toda boa história, nossa cultura também tem seu “estilingue emocional”: às vezes acerta em cheio, outras vezes joga uma laranja podre que contamina o resto da cesta.

Nossa cultura é como o Navio de Teseu: vai se transformando peça por peça, mas mantendo a essência. Ou será que, no processo, estamos perdendo partes importantes? Enquanto penso nisso, vejo na TV uma mistura de agro com ufologia estourando nas paradas.

Aí você se pergunta: Descer pra BC? O que está acontecendo com o Brasil?

Acredito que as “laranjas podres” – aquele filme sem pé nem cabeça ou a música de gosto duvidoso – são a exceção. No fundo, o que nos move é esse caldo cultural delicioso, mesmo que, de vez em quando, venha com um sabor esquisito.

Talvez, se valorizássemos mais nossa cultura, não precisaríamos apelar para essas combinações bizarras para preencher as lacunas. Mas, convenhamos, o charme do Brasil está justamente nessa habilidade de misturar o improvável e criar algo fascinante.

Entre o absurdo e a beleza, seguimos navegando, como só a gente sabe fazer.